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Conheça as estratégias de entrada nos mercados internacionais

Estratégias de entrada

As estratégias de entrada nos mercados internacionais são o conjunto de objetivos, metas, recursos e políticas que orientam as decisões de uma empresa para expandir seus negócios além das fronteiras nacionais.

Essas estratégias envolvem a escolha dos mercados-alvo, dos modos de entrada, dos produtos ou serviços a serem oferecidos, dos canais de distribuição, das formas de promoção e dos preços a serem praticados.

O investimento direto é a aplicação de recursos financeiros, materiais e humanos em um país estrangeiro, com o objetivo de obter controle e participação nos lucros de uma atividade econômica.

Quais são os principais modos de entrada nos mercados internacionais?

Os modos de entrada que não envolvem investimento direto (non-equity mode) são aqueles em que a empresa utiliza formas de cooperação ou contratação com outras empresas ou entidades locais, sem ter que investir em ativos fixos ou criar uma subsidiária no país-alvo.

Esses modos de entrada geralmente implicam em menor risco, menor custo e maior flexibilidade, mas também em menor controle, menor integração e menor potencial de aprendizagem.

Os modos de entrada que envolvem investimento direto (equity mode) são aqueles em que a empresa investe em ativos fixos ou cria uma subsidiária no país-alvo, assumindo o controle total ou parcial da operação.

Esses modos de entrada geralmente implicam em maior risco, maior custo e menor flexibilidade, mas também em maior controle, maior integração e maior potencial de aprendizagem.

A escolha do modo de entrada mais adequado depende de vários fatores, como o grau de comprometimento da empresa com o mercado internacional, o nível de competição e regulamentação do mercado-alvo, as características dos produtos ou serviços oferecidos, as vantagens competitivas da empresa e os recursos disponíveis.

Não existe uma fórmula única para definir a melhor estratégia de entrada, mas sim uma análise cuidadosa das oportunidades e desafios de cada mercado.

Os modos de entrada que não envolvem investimento direto são:

  • Exportação: é a forma mais simples e tradicional de entrar em um mercado internacional. Consiste em vender os produtos ou serviços da empresa diretamente para os clientes finais ou através de intermediários no país-alvo.

    A exportação pode ser direta ou indireta. Na exportação direta, a empresa assume o controle e o risco da operação, enquanto na exportação indireta, a empresa utiliza intermediários especializados, como agentes, distribuidores ou trading companies.

  • Licenciamento: é um acordo contratual pelo qual uma empresa (licenciante) concede a outra empresa (licenciada) o direito de usar sua marca, patente, tecnologia ou know-how em troca de uma remuneração, geralmente uma taxa fixa ou uma porcentagem das vendas.

    O licenciamento permite à empresa entrar em um mercado sem ter que investir em instalações ou pessoal local, mas também implica em perda de controle e possibilidade de transferência involuntária de conhecimento.

  • Franchising: é um tipo especial de licenciamento pelo qual uma empresa (franqueadora) concede a outra empresa (franqueada) o direito de usar seu nome, marca, produtos, serviços e métodos operacionais em troca de uma taxa inicial e royalties periódicos.

    O franchising é uma forma de padronizar e replicar um modelo de negócio bem-sucedido em diferentes mercados, mas também exige um alto grau de supervisão e apoio da franqueadora.

  • Contrato de produção: é um acordo pelo qual uma empresa (contratante) contrata outra empresa (contratada) para produzir seus produtos ou serviços em um país estrangeiro. O contrato de produção permite à empresa reduzir seus custos de produção e aproveitar as vantagens locais, mas também envolve riscos de qualidade, prazo e confidencialidade.

Os modos de entrada que envolvem investimento direto são:

  • Joint venture: é uma associação entre duas ou mais empresas (sócias) para criar uma nova entidade legal em um país estrangeiro. A joint venture permite às empresas compartilhar recursos, riscos e benefícios, além de combinar suas competências e conhecimentos locais. No entanto, a joint venture também implica em perda de autonomia, conflitos potenciais entre os sócios e dificuldades de gestão.
  • Aquisição: é a compra total ou parcial de uma empresa já existente em um país estrangeiro. A aquisição permite à empresa obter acesso imediato ao mercado, aos clientes, aos fornecedores, aos canais de distribuição e aos recursos humanos do país-alvo.

    A aquisição também pode ser uma forma de eliminar ou reduzir a concorrência, de adquirir tecnologia ou know-how, ou de diversificar os negócios. No entanto, a aquisição também implica em alto custo, alto risco e possíveis problemas de integração cultural e organizacional.

  • Subsidiária integral: é a criação de uma nova empresa totalmente controlada pela empresa matriz em um país estrangeiro. A subsidiária integral permite à empresa ter total liberdade e flexibilidade para adaptar seus produtos, serviços, preços e estratégias ao mercado local.

    A subsidiária integral também permite à empresa proteger sua propriedade intelectual e aproveitar as oportunidades de crescimento e aprendizagem. No entanto, a subsidiária integral também implica em alto custo, alto risco e grande complexidade gerencial.

 

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