Exportação

Exportação do Café Brasileiro: Veja Como Funciona

Como Exportar Café

Historicamente falando, não é de hoje que o café é um dos principais produtos da economia brasileira, mas como o grão se tornou tão importante e como exportar café? No conteúdo de hoje, veremos as maneiras mais comuns de se como e para onde são exportados.

O país é o maior produtor e exportador mundial do produto, e também um dos maiores consumidores. Seu grande parque cafeeiro está centralizado especialmente em Minas Gerais.

Como Exportar Café – Para Quais Países o Brasil mais exportou?

Anualmente, o país exporta café para mais de 122 países. O principal comprador do grão é os Estados Unidos, os americanos lideram o ranking com aproximadamente 7,781 milhões de sacas importadas. Confira abaixo uma tabela com os cinco países que mais importam do café brasileiro.

Estados Unidos

Os norte-americanos importaram cerca de 19,3% do número total de sacas exportadas.

Alemanha   Os alemães estão na faixa dos 16,2%, o que representa um número aproximado de 6,539 milhões de sacas.
Itália Os italianos realizaram a compra de 2,944 milhões de sacas
Bélgica Já os belgas compraram um número de 2,839 de sacas.
Japão Enquanto os japoneses fecham os 5 maiores importadores de café nacional com uma importação aproximada de 2,509 milhões de sacas.

Cuidados ao Exportar o Café

Antes da exportação do produto, deve-se atentar para os riscos que o processo pré-exportação apresenta. Condições do armazém, tempo e até mesmo a embalagem.

Condições do armazém

Entre a colheita / processamento e a exportação, o café aguardará no armazém. E as condições lá podem ter um enorme impacto na qualidade do café. As más condições podem desbotar rapidamente o café, prejudicando os sabores, aromas e as notas de cupping. Certifique-se de:

  • Manter os níveis de umidade, temperatura e oxigênio estáveis ​​e baixos conforme o recomendável.
  • Deixar o café fora da luz solar direta
  • Checar a embalagem ideal. Os sacos de juta são mais baratos, por outro lado não oferecem proteção ao café da umidade ou do oxigênio

Embalagem

Você deve considerar a embalagem do café no armazém e durante a exportação/transporte. Uma boa embalagem reduzirá o risco de perda da qualidade do café em questão. No entanto, este cuidado apresenta um custo maior ao produtor. Esta questão deve ser discutida de forma antecipada com o comprador, e no contrato deve estar indicado qual embalagem será usada no trajeto.

Transporte

Por inúmeros fatores, o transporte pode sofrer com atrasos. Entre eles acidentes, erros logísticos, tráfegos inesperados e assim por diante. Desta maneira é crucial que o planejamento para o deslocamento do produto seja bem executado.

Essa é mais uma boa razão para uma embalagem segura, afinal em casos extremos não se sabe quanto tempo o café irá demorar para chegar ao seu destino.

Tempo

Alguns especialistas acreditam que o tempo entre colheita e exportação deve ser de três a no máximo 6 meses. Mas por que essa variação?

Trata-se do fato de o café ser colhido e seco em diferentes lotes, mas depois exportado em conjunto. É válido a verificação de que os cafés que serão exportados no mesmo lote estejam com este intervalo de tempo, para a garantia de uma boa entrega final.

Principais Meios de Transporte para a Exportação

Quando o assunto é o transporte do café dentro do país, o caminhão é o principal veículo para a realização deste deslocamento. Agora, para a exportação, o transporte marítimo é o mais utilizado.
Em razão de seu custo benefício, os navios acabam sendo os meios preferidos dos exportadores.

Uma outra maneira de realizar a exportação seria pelo ar, no entanto, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o uso de aviões no transporte acaba muitas vezes sendo prejudicial ao produtor em relação aos valores envolvidos.

Principais Tipos de Café mais Exportados

  • Café Arábica
  • Café Verde
  • Café Bourbon

Café Arábica

Este que, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, é o grão mais exportado do país, representando cerca de 87,2% do total vendido.
O Sul de Minas é a maior região produtora de cafés Arábica do Brasil. Tem altitudes entre 850m e 1.250m e temperatura média anual entre 22 e 24°C.

Café Verde

Além de ter seu uso popular no Japão, o café Verde é conhecido também por ser um ótimo suplemento alimentar, esse tipo de grão se diferencia do café comum em alguns aspectos – apresenta, por exemplo, um teor mais alto de antioxidantes e passa por um processo distinto de produção.

Seu processo de produção é relativamente simples: após o cultivo, os grãos passam pela colheita, são submetidos a processos de lavagem, secagem, armazenamento, torrefação e empacotamento. É comum que durante o pré-preparo o café fique armazenado em locais fechados, diferentemente do café tradicional.

No Brasil, seu cultivo destaca-se em regiões como o Sul de Minas e Oeste da Bahia.

Café Bourbon

Com notas que lembram o sabor do caramelo, o café Bourbon é uma das variedades mais conhecidas no mundo. Derivado do grão Arábica, o café é muito popular fora do país. Possui um aroma marcante e um sabor inesquecível.

Atualmente, a variedade é altamente cultivada no país, em especial na região cafeeira do Cerrado Mineiro. O grão costuma ser produzido em solos com altitude acima de 800 metros e não é uma das variedades mais produtivas, pois seus frutos possuem tamanho menor se comparado às cultivares Mundo Novo. Porém, uma das grandes vantagens do Bourbon é que o café ganha em aroma, sabor e qualidade.

História da Exportação no País

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a primeira muda de café chegou ao Brasil em 1727. Até o final do século XVIII, o Haiti era o principal exportador do grão.

Mas a produção cafeeira entrou em crise, devido à longa guerra do país para conseguir a independência da França. Estas circunstâncias impulsionaram o aumento dos cafezais no Brasil e, em 1779, foi registrada a primeira remessa de café ao exterior: 79 arrobas, pouco mais de 19 sacas.

De 1800 a 1929, o café foi a principal fonte de riqueza do Brasil e ganhou o apelido de ouro verde brasileiro. O fruto trouxe prosperidade aos cafeicultores, que construíram mansões e ergueram teatros, como o Theatro Municipal de São Paulo, de 1911, que tem o estilo arquitetônico inspirado na Ópera de Paris.